A inteligência artificial já está sendo utilizada para criar anúncios. O Google anunciou no início do mês que todo e qualquer vídeo, imagem ou áudio gerado por IA para utilização em campanhas políticas deve ser estritamente indicado.

Essa atualização começa a valer a partir de novembro desse ano, quando empresas começarão suas divulgações para as próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Em paralelo, outros países se preparam para iniciar suas campanhas, incluindo o Brasil. Em 2024, eleitores voltam às urnas para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Como a especificação acontecerá?

Todos os anúncios que forem gerados com auxílio da inteligência artificial terão rótulos, como:

  • “Esta imagem não retrata eventos reais”
  • “Este vídeo foi gerado sinteticamente”
  • “Este áudio foi gerado por computador”

Essa é uma maneira de combater notícias falsas, melhorar a segurança na internet e aumentar a confiança dos usuários em um momento tão importante para diversos países.

A IA já foi utilizada, pelo menos fora do Brasil, na geração de imagens e vídeos para campanhas eleitorais.

Em junho desse ano, o governador da Flórida, por exemplo, já utilizou imagens IA, mescladas com imagens reais, em sua campanha eleitoral para 2024.

O uso desse tipo de tecnologia é antigo, mas a IA generativa está facilitando e tornando cada vez mais realista a disseminação de notícias falsas.

Em tempos de avanço tecnológico, a desinformação e uso inapropriado da inteligência artificial podem causar uma onda de fake news eleitorais nocivas à população.

O que o Google diz a respeito?

Segundo o Google, a IA pode ser usada de diferentes formas em campanhas do tipo, como na edição de fundos e correção de cores em imagens e vídeos. Nesses casos, não é necessário informar o uso da tecnologia.

Em casos mais complexos, como o citado anteriormente, a informação sobre o uso da IA é essencial. Empresas e pessoas que não cumprirem a política de conteúdo político terão suas informações de conta e anúncios políticos divulgados para agências governamentais e reguladores relevantes. O uso da rotulação relacionada à inteligência artificial é obrigatória e essencial no combate contra notícias falsas.

A plataforma ressaltou que a divulgação de conteúdo sintético, que representa “não autenticamente pessoas, ou eventos reais” deve ter um aviso claro e visível aos espectadores. A proposta começa a valer não só para os anúncios divulgados nos resultados de pesquisa do Google, mas em sites como o YouTube, em que vídeos e áudios são predominantes.

Portanto, para novembro e 2024, quem trabalha com campanhas eleitorais precisa ficar atento a todas as atualizações da rede, com o intuito de evitar problemas e penalizações desnecessárias, e promover campanhas verdadeiras e justas aos eleitores brasileiros.

Para conferir na íntegra as recomendações do Google, acesse a página de conteúdo político completo da plataforma.