Hoje em dia, diversos profissionais estão utilizando inteligência artificial para ajudar na produção de conteúdo. Mas, com as IAs cada vez mais avançadas, muitas vezes, fica difícil saber se o conteúdo foi criado por um robô ou por um humano. Porém, o Google sempre sabe e esse artigo é leitura obrigatória para quem quer seguir as diretrizes do buscador 😉
Esta é uma etapa após a criação do conteúdo na Niara. Com exemplos e dicas úteis, você poderá criar o seu artigo na Niara, personalizá-lo e, por fim, analisar em uma das ferramentas de detectção de IA indicadas abaixo (a Niara é uma ferramenta de SEO e Conteúdo, ela não é uma ferramenta de detecção de IA).
Por isso, criamos esse guia com 7 ferramentas de detectção de IA. Em cada uma delas, analisamos 3 tipos de conteúdo: texto 100% escrito por IA, texto híbrido (gerado por IA e modificado por humano), e 100% escrito por humano.
Neste post, abordaremos:
- Como funciona o detector de inteligência artificial?
- Padrões de texto escrito por IA
- O Google consegue verificar se um artigo é escrito por IA ou por um ser humano?
- Mas, os detectores são eficientes? Vamos aos testes!
- Qual é o melhor detector de inteligência artificial?
- O que fazer se o detector de IA acusar que meu texto foi escrito por robô?
Vem com a gente!
O que é e como funciona o detector de inteligência artificial?
O detector de IA é uma ferramenta criada para verificar se determinado conteúdo foi escrito por uma máquina ou não. Para isso, ele analisa padrões textuais, com auxílio do machine learning e processamento de linguagem natural.
Apesar de não entender o significado de cada termo, os detectores analisam o contexto, dando atenção ao conjunto de palavras. Eles verificam o que foi escrito à esquerda e prevêm a probabilidade da palavra seguinte. Quanto mais provável for, maiores as chances de o texto ter sido escrito por recursos de inteligência artificial.
Em comparação, produções criadas por seres humanos são mais criativas, com padrões variados.
- No último mês, a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT afirmou que os detectores de IA não funcionam. Leia mais.
Padrões de texto escrito por IA
Existem alguns padrões que você pode procurar nos textos que está lendo para verificar se foram escritos por inteligência artificial. São eles:
- Repetição de palavras ou frases: em geral, artigos escritos por IA generativa costumam ter a mesma palavra ou frase diversas vezes;
- Falta de profundidade: os textos também são básicos, dependendo do prompt que você usar. Mas, em geral, a primeira saída sempre costuma ter pouco aprofundamento. Elas são mais robóticas e genéricas. Por isso, frisamos sobre a importância de detalhar ao máximo as suas perguntas para a IA a fim de obter o resultado mais completo e personalizado;
- Estrutura: a produção da IA é uniforme, sem variações. A estrutura de frases e parágrafos costuma se repetir do início ao fim;
- Falta de conexão: a IA também não consegue conectar tópicos de maneira natural, como um ser humano faria;
- Informações desatualizadas: os dados coletados pela inteligência artificial do ChatGPT (modelo usado pela maioria das ferramentas atuais) estão atualizadas até setembro de 2021. Para encontrar informações precisas, você deve recorrer aos mecanismos de pesquisa.
Apesar disso, o avanço contínuo da IA está fazendo com que ferramentas tornem-se cada vez mais sofisticadas. Daqui um tempo, ficará mais difícil diferenciar textos escritos por inteligência artificial ou por um ser humano.
Mas, os detectores de IA são realmente eficientes? Vamos aos testes!
Podemos dizer que os detectores ainda estão amadurecendo – eles não são totalmente precisos. Para criar essa publicação, nós testamos 7 ferramentas com três textos distintos:
- O primeiro foi feito 100% pela Niara;
- O segundo foi híbrido, gerado pela Niara e modificado por um humano;
- O terceiro foi totalmente escrito por um humano.
O intuito do teste era verificar se os detectores de inteligência artificial realmente conseguiriam identificar e diferenciar esses três tipos de escrita.
Escolhemos os 7 detectores (gratuitos). Embora todos estejam disponíveis em inglês, eles são fáceis e intuitivos de usar.
1. Copyleaks
O detector do Copyleaks pode ser usado tanto no site quanto na extensão para Google Chrome, que está em beta. Em ambos os casos, o recurso consegue detectar se os conteúdos foram gerados por IA ou por um humano e a porcentagem dessa geração.
O Copyleaks foi um pouco mais certeiro nas avaliações, mas não acertou todas.
O artigo escrito por IA recebeu a classificação 98,9% de chances de ter sido escrito por robô. O recurso grifa em vermelho todas as partes escritas por inteligência artificial:
Já para os outros artigos, resultado foi o seguinte:
- Texto híbrido: 57,7% de chances de ter sido escrito por um robô;
- Texto 100% humano: 41,3% de chances de ter sido escrito por um robô.
2. Hive AI
O Hive AI é utilizado para detectar conteúdos e imagens gerados por IA. Na plataforma, tudo o que você precisa fazer é colar textos com até 1500 caracteres e esperar o resultado aparecer na tela. O legal é que a ferramenta indica quais trechos são os mais previsíveis, com maior probabilidade de terem sido gerados por uma máquina.
Indicada como uma das melhores ferramentas de detecção do mercado, ela avaliou todos os textos do nosso teste como livres de inteligência artificial.
O artigo feito 100% com ajuda da Niara e o híbrido receberam o mesmo percentual: 0,1% de escrita IA.
O interessante é que o texto feito sem auxílio de ferramentas recebeu 1,6% de presença de inteligência artificial – a maior porcentagem.
Pelo menos em português, a Hive AI não funcionou como o esperado, nem entregou resultados assertivos.
3. Giant Language Model Test Room
O Giant Language Model Test Room é um pouco diferente dos outros detectores apresentados nessa lista. Desenvolvido pelo laboratório MIT-IBM e Harvard NLP, o recurso lê o conteúdo e indica quais são as palavras mais óbvias dentro do contexto.
A classificação funciona da seguinte forma:
- Se a palavra estiver entre as 10 mais previsíveis, o GLTR vai pintá-la de verde;
- Se a palavra estiver entre as 100 mais previsíveis, sua cor será amarela;
- Se a palavra estiver entre as mil mais previsíveis, ela será vermelha.
Ou seja: quanto mais amarelo ou vermelho seu texto for, maiores as chances de ter sido produzido por uma IA.
Vale ressaltar que a ferramenta tem como base o GPT-2 e a Niara utiliza a versão mais recente (GPT3.5), com isso, ela pode não ter identificado com precisão alguns sinais de IA.
No geral, os resultados indicam que nenhum dos textos foi escrito por IA. O retorno, em cores, foi o seguinte:
- Texto gerado 100% por IA: 517 palavras verdes (menos previsíveis) x 154 palavras vermelhas (mais previsíveis)
- Texto híbrido: 517 palavras verdes x 177 palavras vermelhas
- Texto gerado 100% por humano: 458 palavras verdes x 182 palavras vermelhas
Analisando a quantidade de palavras mais previsíveis entre os três resultados, segundo o GLTR, o artigo escrito totalmente por um humano seria o mais propenso a ter sido feito por uma IA.
4. ZeroGPT
O ZeroGPT é outro detector bem avaliado no mercado. O algoritmo da ferramenta foi treinado com mais de 10 milhões de artigos e textos – sua taxa de precisão é de 98%.
Após inserir o seu conteúdo, o ZeroGPT indica a porcentagem de IA no texto, além de indicar quais partes possivelmente foram desenvolvidas por ela.
Essa é a única ferramenta que confirma o suporte a textos multilíngues (inclusive em português) e não apenas em inglês.
Os resultados apresentados pelo ZeroGPT também não foram precisos. Ao analisar a presença de IA nos artigos, a ferramenta retornou o seguinte:
- Texto gerado 100% por IA: 52,07% de predominância de inteligência artificial;
- Texto híbrido: 0% de predominância de IA, ou seja, o texto foi escrito totalmente por um humano, segundo a análise do recurso;
- Texto gerado 100% por humano: 8,43% de predominância de IA.
Embora tenha sido mais preciso em relação ao primeiro artigo do que os outros detectores analisados, ainda assim, o retorno não foi completamente correto.
No texto escrito por um humano, a ferramenta apontou que o primeiro parágrafo foi criado com IA.
5. Detector Content at Scale
Segundo o que é descrito no próprio site, o detector de IA da Content Scale funciona num nível mais profundo que outros recursos genéricos e, por isso, consegue identificar conteúdo robótico. Para que isso seja possível, ele avalia três características principais: a previsibilidade, a probabilidade e o padrão textual.
No detector do Contet at Scale, todos os textos foram sinalizados como produzidos por humanos. Todas as produções retornaram 100% em previsibilidade, probabilidade e padrão.
6. Writer AI
Com o Writer AI é possível estimar o quanto do texto foi gerado por inteligência artificial. O único problema da ferramenta é que ela suporta apenas 1.500 caracteres por vez. Isso significa que, se você quiser analisar um conteúdo grande, será necessário dividí-lo em pequenas partes.
Assim como no Content at Scale, o Writer apontou todos os artigos analisados como conteúdo 100% gerado por humanos. Não houve variações.
7. AI Text Classifier
Modelo de testagem criado pela OpenAI (a mesma desenvolvedora do ChatGPT), o AI Text Classifier lê textos com, no máximo, 250 palavras. No site, o suporte diz que a ferramenta tem maior probabilidade de errar a classificação de conteúdos escritos em outras línguas, uma vez que ela foi desenvolvida para ler e interpretar artigos em inglês.
Apesar disso, os resultados foram interessantes.
Devido à limitação de caracteres, tivemos que cortar o artigo escrito totalmente com inteligência artificial em duas partes. Nesse caso, o AI Text Classifier apresentou dois resultados diferentes: ele apontou a primeira parte do texto como “provavelmente escrita por uma IA”, enquanto a segunda obteve resultado inconclusivo.
Ambos os textos, híbrido e o 100% humano, obtiveram o mesmo resultado: segundo o classificador, os dois são improváveis de terem sido gerados por inteligência artificial.
Atualização: o detector de IA da OpenAI não está mais disponível
Desde 20 de julho de 2023, o AI Text Classifier foi retirado do ar, devido à baixa taxa de precisão. Segundo os desenvolvedores da OpenAI a ferramenta não era capaz de classificar, com a correta precisão, o que eram textos escritos por inteligência artificial e escritos por seres humanos.
Qual é o melhor detector de inteligência artificial?
A partir dos resultados acima, ranqueamos a melhor a pior ferramenta para análises em português:
Classificação | Recurso |
1º | Copyleaks |
2º | AI Text Classifier |
3º | ZeroGPT |
4º | Writer AI |
4º | Hive AI |
4º | Detector Content at Scale |
4º |
Giant Language Model Test Room
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O Copyleaks foi o que chegou mais próximo do resultado certo: o recurso conseguiu distinguir o texto totalmente IA dos outros, que tiveram interferência humana.
Após ele, o AI Text Classifier (hoje, fora do ar) e o ZeroGPT foram as únicas ferramentas capazes de fazer a mesma distinção. No entanto, eles não conseguiram diferenciar um texto 100% humano de um híbrido.
Hive AI, Writer AI, Content at Scale E GLTS ficaram em último lugar, pois não conseguiram fazer as distinções corretas entre os artigos analisados.
Portanto, se você está buscando uma ferramenta capaz de detectar produções feitas com inteligência artificial ou até mesmo analisar seus próprios textos, recomendamos o Copyleaks e o ZeroGPT.
O que fazer se o detector de IA acusar que meu texto foi escrito por robô?
Primeiro, não se assuste. O Google não se importa se o seu texto foi escrito por uma máquina ou por um humano. A plataforma quer que você entregue experiência, especialização, autoridade e confiabilidade, de acordo com as diretrizes E-E-A-T.
As normas E-E-A-T fazem parte das principais diretrizes para produção de conteúdo e construção de sites do Google. Embora não sejam um fator de ranqueamento, são importantes para manter o seu domínio dentro dos parâmetros e boas práticas da rede.
Você pode tomar algumas atitudes para melhorar a avaliação dos detectores:
- Evite usar os dados informados pela ferramenta de IA. Procure os mais recentes para manter seu artigo atualizado ao público;
- Sempre adicione partes escritas por você mesmo ao texto. Deixe a escrita mais humana, com emoção;
- Personalize com base no seu público-alvo. Sempre pense na sua audiência para editar e escrever. Se você tiver experiências e estudos de caso para complementar as informações, melhor.
- Leia todo o artigo e substitua frases ou palavras repetidas.
Dependendo da sua necessidade, também é possível usar ferramentas de humanização. Elas já existem e conseguem deixar a linguagem IA mais humanizada, com o intuito de burlar os detectores (exemplo disso é a Undetectable.ai). Mas, essa e outras só estão disponíveis em inglês.
O Google consegue verificar se um artigo é escrito por IA ou por um ser humano?
Sim. O buscador consegue detectar padrões comuns da escrita IA, como estrutura, gramática e a sintaxe do texto.
O grande problema é que, ao gerar conteúdo do zero, muitas plataformas costumam repetir palavras em excesso. Caso o texto não passe pela revisão humana, é possível que o resultado seja visto como spam pelo mecanismo de busca. Em consequência, seu artigo pode não alcançar a classificação esperada – e, dependendo do caso, nem ser indexado nos resultados.
Por isso, ao conceito EAT (especialização, autoridade e confiabilidade), que avalia a qualidade do conteúdo dos sites, o Google adicionou um E, de Experiência (virou EEAT). Agora, além de tudo, o conteúdo precisa demonstrar que foi produzido por alguém que experienciou o produto/serviço, visitou o lugar.. e só um humano para falar de experiências, certo?
Por isso, como com qualquer assistente, é necessário que você revise o conteúdo gerado pela IA. Não basta copiar e colar o que ela gerou. Ao revisar, você garante que o texto esteja personalizado para a sua marca e transmita exatamente o que você deseja.
Quais são as consequências de publicar conteúdos escritos por inteligência artificial?
O Google não é contra a publicação de conteúdos gerados por IA. O importante é que seja útil para aqueles que procuram por ele. Se for relevante e de qualidade, pouco importa se foi escrito com inteligência artificial ou não.
O próprio Google afirma que “a IA pode ajudar e gerar conteúdo útil de maneiras novas e interessantes”. Por isso, não precisa ter medo de testá-la. A nossa sugestão é: avalie o conteúdo gerado e o revise para deixar com a cara da sua marca.
Sobre punições, ainda não sabemos ao certo o que pode acontecer com artigos escritos totalmente por IA. Aqui na Niara, estamos rodando testes continuamente para entender a relação do Google com eles.
Vamos acompanhar a performance deles e trazer futuras análises para vocês. 😉
Conclusão
Ainda não temos um detector de conteúdo gerado por inteligência artificial totalmente em português (fica a dica para quem quiser criar um 😉), mas podemos usar alguns modelos internacionais para fazer análises e autentificar a legitimidade dos conteúdos que vemos por aí.
O conteúdo de IA pode te ajudar a crescer rapidamente, visto que a criação pode ser acelerada e feita em menos tempo. No entanto, não use estas ferramentas somente para ranquear bem. Lembre-se que do que as diretrizes do Google dizem: o foco da produção de conteúdo não é o posicionamento, mas o valor que oferece à audiência.
Agrege autenticidade em seu conteúdo, com base na sua própria experiência de vida – que nenhuma máquina é capaz de oferecer.
- Acabamos de lançar mais um teste na Niara! Quer saber se a inteligência artificial é capaz de plagiar conteúdos? Veja o comparativo, resultados e o que fazer para evitar problemas.